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12 maio, 2008

Música, viagem e cartas

"Não quero saber quem sou, morro de medo
nem quero saber pra onde vou, é muito cedo
[...]
Mas o que eu quero é saber
é o que apronta este lado do teu rosto
E o que faz o sossego morar
no que está posto.

Não guardo segredo mas sou bem secreto
é que eu mesmo não acho a chave de mim."¹


Resolvi antecipar o post da semana [sim, estou tentando postar 1 por semana] porque viajarei amanhã. No roteiro, os interiores de Bahia e Sergipe. Levarei uma máquina, mas não prometo fotos. Viajarei a trabalho e não me sinto a vontade com essas câmeras digitais automáticas. Registrarei Registraria alguns momentos... A viajem furou, adeu$ reai$

Semana passada escrevi uma carta, do jeito que tem que ser, escrita a mão, colocada naquele envelope com contornos verde e amarelo e enviada pelos correios. Em toda minha vida não escrevi mais de dez cartas, mesmo conhecendo pessoas queridas nos lugares por onde passei. Na época não existia nem e-mail e telefone interurbano sempre foi um problema $ério.

Acho que é porque gosto de olhar pro passado e admirá-lo naquilo que ele tem de bom e as cartas terem desempenhado um papel histórico de extrema importância. Você já se perguntou como as notícias eram transmitidas em 1800? E em 1500? E na Idade Média?

Acabei de ler um livro sobre a vinda da Família Real ao Brasil e ele foi baseado grande parte nas cartas que os membros da corte enviavam entre si. A carta de Pero Vaz de Caminha é um dos documentos mais importantes da história do Brasil. E no medievo? Ouço cavalos galopando... um mensageiro, uma carta... alguém contará algo e um outro alguém saberá.

Chico e Vinicius já compuseram por meio de cartas, quando a Ditadura andou por aí exilando uns e outros.

Pois é, em plena época do e-mail, celular, msn e eu aqui mandando cartas. Fazer o quê? Esperar a resposta...


PS.:
As referências abaixo são as originais, mas fui inspirado escutando Zé Ramalho cantando.

_____________________________________
. SANGUE E PUDINS DE Fagner e Abel Silva POR Fagner DISCO Raimundo Fagner GRAVADORA CBS (Sony Music) ANO 1976 (LP) – 1995 (CD)

14 comentários:

Anônimo disse...

Cury, não vale cobrar os direitos autorais pelo rodapé.

Anami Brito disse...

Acho que já vivi um pouco disso também...há 3 anos me atentei para isso também, tinha percebido que nunca tinha escrito uam carta e muito menos recebido.Com isso eu e uma amiga resolvemos trocar correspondências,foi emocionante quando recebi minha 1º carta e olha que ela mora em Camaçari (proximo)...
Acho que carta apresenta uma magia..

Anônimo disse...

...uma magia! também acredito Anami. A carta é mais pessoal e humana.

Fernanda Deiró disse...

Justamente...
Pois bem, conto minha história:
Namorei 2 anos à distância, e acredite, só me correpondia por cartas.
Telefone e viagens eram frequentes, mas para escrever só nas minhas boas e velhas páginas de diário, que arrancava e mandava postar nos correios.
E há coisa melhor de saber que a pessoa vai ler as suas letras?
E vai ver seus desenhos?
E saber que pode esperar por mais letras e desenhos!
É completamente mágico!

Parabéns pela sensibilidade, Gui!
Você realmente tem sentimentos raros, amigo.

Anônimo disse...

é amiga... sentimentos que o mundo atual cada vez permite menos, cada vez tolera menos, mas aqui pra nós... cada vez precisa mais!

Anônimo disse...

Ah sim, também rolou um desenho na carta, mas foi coincidência. Depois te conto a história dele pq a pessoa que recebeu a carta lê esse blog e não quero que ela descubra nada sobre o desenho, antes da hora certa.

Anônimo disse...

Prefiro andar para frente. Acompanho a tecnologia. Não escrevo cartas. Leio e-mails.
Ah e o melhor. Leio Blog's!!!

Anônimo disse...

Uau!!! Curto e grosso.
Respeito a sua opinião (sempre) mas não posso concordar com ela (jamais).
Se o nosso mundo fosse o dos Smurfs você seria o Ranzinza.
Só pra esclarecer, também acompanho a tecnologia, leio e envio e-mails, leio e possuo blogs, uso msn, celular, computador, internet, holograma, transmição de pensamento, teletransporte... e tudo novo que vier pq "o novo sempre vem" e apesar de eu amar o passado, não fecho os olhos pro futuro e tenho procurado cada vez mais viver o presente.
A carta não será extinta, conviverá em paralelo (metamorfoseando-se e adaptando-se) às novas tecnologias.

Além do mais, quem garante o sigilo do seu e-mail?

Anônimo disse...

ok... sua carta tem sigilo assegurado pela constituição... inclusive soube que essa lei eh quase que unânime entre os paises...

mas no mais... o melodrama dos comentarios em relação a poesia que contem na "carta".
Penso que carta é apenas um instrumento de comunicação ultrapassado. E nem vem com esse papo do cheiro e tudo...

Anônimo disse...

Valeu cara, prometo que não vou lhe contrariar. É sua opinião e pronto! Não vou discuti-la. (tô aqui me escangalhando de rir do seu comentário... "melodrama"... "cheiro e tudo"... hehhhehe)

Anônimo disse...

abraços cara... Continue com suas cartas... tem seu lado romântico...SO n me mande nenhuma por favor!!! aushauhsuahsuahsha owwwwww

Anônimo disse...

Qual é mesmo seu endereço...?

Anônimo disse...

por uma carta eu...
expresso meus sentimentos...
escrevo sobre as coisas do tempo...
e sinto que através das palavras,músicas,viagens e cartas
vc leva,transmite o seu sentimento,com a esperança de que quando postar,ele vai chegar e quem sabe com essas belas palavras desta carta, quem a lê depois pode seus conceitos mudar.,basta escrever,acreditar ,pegar o lápis,as suas idéias e começar e tudo que quiser transformar!

autor:Diogo Rocha Braga

Anônimo disse...

Grande Grilo!