
Tenho pena do menino, sobra viva da seleção social.
Cresce a duras penas, não sabe de onde veio, quando vai comer ou aonde vai dormir.
A rua é sua escola, a calçada sua cama e o céu seu cobertor.
Seus “Sapatos de Lata” são ao mesmo tempo brinquedo, brincadeira e sapatos.
Pessoas como nós, sintonizadas com o universo, crentes na interconectividade das coisas, preocupadas com as questões da existência humana, e por vezes nos perdendo nos labirintos do pensamento, sentem-se culpadas por tais desacertos no mundo, mas nos alegramos ao pensar que naquele momento Menino de Rua e "Sapatos de Lata" são apenas um, suas angústias são esquecidas e a criança se mostra por inteiro.
Louvo aqueles que, ao longo da história, buscaram a construção de um mundo melhor, combatendo injustiças e interesses individualistas.
Tenho pena dos indiferentes, avarentos e egoístas...!
Guigo F.G.A ilustração é de Eduardo Arnold Engel
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